por Milla Oliveira
"Eu te dou cinco minutos quando chegarmos lá. Qualquer coisa que acontecer nesses cinco minutos, eu sou seu. Qualquer minuto antes ou depois e você está por sua conta. Eu não participo do serviço e não carrego uma arma. Eu dirijo."
Quando o
personagem de Ryan Gosling, protagonista
de Drive (2011), surge na tela com um escorpião gravado nas costas de
uma jaqueta prateada não há quem não sinta o climão dos anos 80 durante o seu
caminhar misterioso. A responsabilidade por este feito é de Cliff Martinez,
ex-baterista do Red Hot Chilli Peppers e organizador da trilha sonora de Drive,
longa metragem dirigido por Nicholas Winding Refn e lançado este ano no Brasil.
Apesar de ter
composto 14 das 19 faixas da trilha, Martinez contou com a presença de Lovefoxxx ( a mesma do CSS, porém em versão
mais sóbria), Kavinsky, Desire, College, Electric Youth e The Cromatics,
artistas de várias partes do mundo representantes das novas safras de
compositores de música eletrônica. O synthpop é o sub-gênero que representa a
alma deste soundtrack, cortado por uma
canção antiga dos italianos Riz Ortolani e Katyna Ranieri.
O filme
O longa se passa em Los Angeles e conta a história de um motorista que trabalha em assaltos e é também dublê em filmes de Hollywood. O protagonista apaixona-se pela vizinha e se sente obrigado a ajudar seu marido, um ex-presidiário, em um assalto. De tão sombrio, misterioso e calado, não se descobre quase nada sobre sua vida durante todo o filme, nem mesmo o seu nome. Aí entra o peso da trilha de Cliff Martinez, que em diversas cenas faz as vezes da fala do personagem.
O longa se passa em Los Angeles e conta a história de um motorista que trabalha em assaltos e é também dublê em filmes de Hollywood. O protagonista apaixona-se pela vizinha e se sente obrigado a ajudar seu marido, um ex-presidiário, em um assalto. De tão sombrio, misterioso e calado, não se descobre quase nada sobre sua vida durante todo o filme, nem mesmo o seu nome. Aí entra o peso da trilha de Cliff Martinez, que em diversas cenas faz as vezes da fala do personagem.